domingo, 3 de julho de 2011

Ponto de equilíbrio

Mais um ano está se acabando para mim... Os 21 anos estão ficando para trás e os 22 já estão aí. É normal ser essa uma fase de recolhimento interior, fase de fazer o balanço entre tudo que me aconteceu nesse ano de vida, colocar na balança erros e acertos e tentar sempre ser uma pessoa melhor. 21 anos: Últimas cadeiras da faculdade, TCC, festas, namoros, formatura, perdas... Algumas palavras que definem esse período da minha vida, tão cheio de desafios, dias de muita tristeza, outros de muita felicidade... Algumas conquistas, como meu tão sonhado diploma, algumas decepções como a residência e perdas, a principal delas, a minha avó. Não posso ser injusta e dizer que foi um ano ruim, muitas coisas boas me aconteceram. Hoje mais do que nunca percebo que nosso caminho somos nós mesmos que fazemos, sempre temos dois rumos a escolher, e concerteza escolher entre eles não é fácil mas devemos estar dispostos a arcar com as consequencias de nossas escolhas. Talvez a tarefa mais difícil que o criador tenha nos dado seja: "Ama ao próximo como a ti mesmo". Já amei demais, a ponto de esquecer a mim mesma, e perdi. Já amei demais a mim mesma, sem nada ceder em favor do outro, e perdi. O desafio é justamente esse: encontrar o ponto de equilíbrio. Essa deve ser a resposta para a maioria das minhas perguntas. Meu erro não é amar, meu erro é ainda não ter aprendido a amar. É eu não aprendi. Já perdi pessoas importantes por isso, e ainda vou perder várias outras... Lidar com meus sentimentos e emoções ainda é díficil, passar por cima de orgulho, engolir as verdades e perdoar... Hoje sei que o silêncio vale ouro, que falar quando estamos com raiva não leva a nada, a não ser a magoar as pessoas que amamos... Mas tbm sei que silêncio demais tbm não leva a nada, pois não sabemos o dia de amanhã e ele pode não chegar. Orgulho? Orgulho é bom, em equilíbrio é claro. Saber dar o braço a torcer não é vergonha, falar de sentimentos, admitir erros. Mas tbm não podemos sair por aí nos humilhando, aceitando migalhas. Da mesma forma que amamos, tbm merecemos ser amados, e amor não exige humilhação. Amor só exige RESPEITO e CONFIANÇA. Enquanto esses dois sentimentos estiverem em falta, o amor não será amor... será paixão desmedida, será obsessão, doença... sei lá, qualquer outra coisa, menos amor. É normal termos medo de perder quem amamos, e talvez por isso muitas de nossas atitudes sejam infantis as vezes... Mas se colocar-mos a cabeça no lugar, veremos que esse medo é tolo, pq quem ama vai estar sempre do nosso lado, vai aceitar os desafios, vai lutar por nós... Quem ama não desiste fácil, mas quem ama é capaz de partir sim... Quando vê que esse amor não está proporcionando bem. Afinal, se estamos com alguém é para somar, trazer alegrias, ser companheiro e não trazer sofrimento e discórdia. Dói perder quem amamos, dói pensarmos que nunca mais teremos a pessoa por perto... O melhor a fazer nessa situação, é guardar as melhores lembranças, torcer que pra onde quer que esteja seja feliz, seja para quem morreu, ou pra quem ainda vive. O luto é quase o mesmo, mas amor é isso mesmo. Amor só quer o bem e a felicidade.
"O fato de ter magoado muitas pessoas na minha vida, não quer dizer que eu não as tenha amado. Eu só não sabia lidar com esse sentimento grandioso!"
Eu continuo procurando o ponto de equilíbrio e tentando aprender com meus erros. Sou um ser humano, sou imperfeito e reconheço. Mas tenho um bom coração, acredite!