quarta-feira, 28 de julho de 2010

Arrogância é solidão enrustida.

Eles se julgam melhores, e acreditam ser a minoria. Acreditam que o mundo divide-se entre "eles" e os "outros". Crêem que os "outros" não têm nada, não conseguem nada, não sabem nada, e juram que precisam deles. Sabe, eu até entendo, todos nós precisamos de um falso conforto pessoal. Além do mais "eles" podem conhecer o mundo, mas não a essência das pessoas que nele vivem, eles podem olhar paisagens, mas não têm a capacidade necessária para sentir o vento, podem até dar a volta ao mundo, mas jamais enxergarão com os olhos da mente. E então tudo torna-se superficial aos olhos daqueles que apenas vêem para falarem que viram, que apenas conhecem para falarem que conheceram, que fingem que vivem para falarem que viveram. E as pequenas conquistas? E as sutis alegrias? E o valor de um abraço, de um pôr de sol, de uma palavra amiga? Quantas vezes "eles", tão distintos dos "outros", reconheceram a importância de alguem? perceberam o quão pequenos são diante dessa imensidão que é a vida? Talvez falte tempo, senso de percepção, espiritualidade...E seguem enchendo o ego daquilo que acreditam ser felicidade, e continuam só fingindo que o mundo ninguém fez.
Quem dera tivessem a paz do semblante daqueles "outros", que vivem muito mais intensamente, porque à estes foi dado o poder infinito de ter, sentir, e sorrir através da alma.

O vazio dá lugar à futilidade. A burrice de conhecer uma alma, a incapacidade de compartilhar um sonho, e a falsa mentira de se achar suficientemente forte a ponto de nunca vir a precisar de um abraço antes de dormir torna-se egocentrismo.

Arrogância é solidão enrustida. E eu tenho PENA.

Eu ainda prefiro me lambuzar de sorvete, andar descalço, e vestir aquela camiseta larga e velha.



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